(Foto: Carlos Queiroz - DP) |
A manifestação, que contou com apitaços em frente a algumas agências bancárias, coincide com as negociações que aconteceram nacionalmente, em São Paulo.
O 16º dia da greve dos bancários teve mobilização em Pelotas. Por volta das 15h desta quinta-feira (22), mais de uma centena de trabalhadores reuniram-se próximo à agência do Santander, na praça Coronel Pedro Osório, e percorreram algumas ruas do Centro, com cartazes e faixas, conscientizando a população sobre a luta por melhores salários e condições de trabalho. A manifestação, que contou com apitaços em frente a algumas agências bancárias, coincide com as negociações que aconteceram nacionalmente, em São Paulo.
A reivindicação é de 16% de aumento, mas a última proposta dos bancos - rejeitada pela categoria - foi de 8,75%.
De acordo com a secretária geral do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região, Adalgiza Silveira, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) já apresentou duas propostas desde o início da mobilização, mas ainda não contemplou o que está sendo pedido.
"O que os bancos estão oferecendo não repõe nem a inflação, e isso tem reforçado o movimento, o que nos dá esperança de conseguir uma nova proposta", explica. A categoria tem conseguido negociar acima da inflação nos últimos anos, e aceitar índice menor implicaria em perdas ao que já foi conquistado.
Pauta vai além de reajuste salarial.
(Foto: Carlos Queiroz - DP) |
Além do reajuste, a mobilização é por melhores condições de trabalho, como o cumprimento da legislação em relação à segurança dos funcionários dos bancos, expostos a assaltos. Os itens da pauta contemplam, segundo Adalgiza, muitas questões que afetam diretamente a vida do trabalhador e, consequentemente, o atendimento à população, atingida sempre pelas altas taxas cobradas.
"Não há justificativa para que nossos pedidos não sejam ouvidos, uma vez que os bancos continuam, mesmo com a crise, tendo lucros absurdos", destaca.
A assembleia dos bancários em greve está em aberto e pode ser chamada assim que uma nova proposta seja feita.
No final da tarde desta quinta uma reunião entre a Fenaban e o Comando Nacional de Greve terminou sem que houvessem avanços e a mobilização continua sem data para encerrar. Os trabalhadores recusaram, na quarta-feira, a proposta feita pelos bancos.
O sindicato considera que a adesão em Pelotas é de 80% dos trabalhadores, com a maioria das agências fechadas. Nesses locais, apenas o autoatendimento tem funcionado, registrando filas em determinados horários. No Rio Grande do Sul são mais de mil agências fechadas, e mais de 12 mil no país. A greve foi deflagrada no dia 6 de outubro.
*Diário Popular
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