quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Filho e ex-marido de professora de Pelotas são denunciados pelo desaparecimento


MP entende que há indícios suficientes para apontar a autoria 

O Ministério Público denunciou ex-marido e filho da professora do curso de Biotecnologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Cláudia Hartleben, por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil que dificultou a defesa da vítima, ocultação de cadáver e circunstância de feminicídio (quando é violência doméstica ou familiar). 

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A ação, protocolada pelo promotor José Olavo Passos nessa sexta-feira, já está à disposição do juiz da 1ª Vara Criminal, Paulo Ivan Medeiros. Por considerar que já tenha passado muito tempo do desaparecimento da professora, o promotor optou por pedir medidas cautelares e não a prisão dos dois. Pai e filho não podem mudar de endereço nem viajar sem comunicar a Justiça. 

Cláudia desapareceu na noite de 9 de abril. “Um entendeu que com o divórcio tinha tido a vida destruída e o filho, que a mãe teria prejudicado o pai. Há indícios suficientes para apontar os autores”, disse o promotor. Ele explica que as provas são os oito meses que a professora está desaparecida, sem contato com a família. “Ela esteve dentro de casa de onde desapareceu. A prova testemunhal aponta que ela desapareceu à força, sem motivo, e o tempo prova que a professora está morta”, explicou. 

Para o promotor, não existe mais nada que a questão passional nos motivos do crime. Entre as várias perícias realizadas no caso, consta no inquérito a feita pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) no computador do filho da professora. “A perícia também aponta para autoria dos dois. Também solicitamos, na denúncia, que a polícia continue realizando diligências para que se possa encontrar o corpo da professora”, relata Passos 

Na última semana, novamente, o filho e o ex-marido da professora se negaram a passar pelo teste do polígrafo (detector de mentiras). A denúncia oferecida pelo Ministério Público poderá ser aceita ou não pelo juiz. Se acolhida, será aberto um processo criminal, caso contrário, o promotor deverá recorrer ao Tribunal de Justiça.

*Correio do Povo

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